Trilho interpretativo dos ecossistemas ribeirinhos:
http://www.cm-vpaguiar.pt/dataFiles/files/Trilho%20interpretativo%20dos%20Ecossistemas%20Ribeirinhos%282%29.pdf
CAMINHO DE PÉ POSTO
Sou como este caminho de pé posto.
Por mim passam caravanas e mendigos,
rolam enxurradas.
Nas bermas, nas fundas furnas
das minhas bermas, nidificam
animais daninhos e se multiplicam.
Estou muito diminuído das contínuas
erosões.
Mas, íngreme embora e pedregoso
e ocultado por tufos de ervas intrusas,
sou um caminho e levo a algum lugar.
CABRAL, A. M. Pires. Gaveta do Fundo. Tinta da China. Lisboa. 2013. P: 31.
Trilho breve. Mal marcado em Tourencinho, o que pode afastar o turista moderno. No entanto, o Vale do Corgo merece esta perspectiva, merece ser visto.
A poesia, desta vez está novamente na paisagem.
As pastagens de Zimão
O antigo caminho de ferro da Linha do Corgo, rio que nasce aqui bem perto, foi transformado em via asfaltada para caminheiros e ciclistas... embora camionistas e automobilistas (entre outros "istas") se atrevam a usar a via.
Em Tourencinho, a subida suave irrita pela falta de marcação adequada, enquanto a paisagem do vale vai engrandecendo. Não que nos perdemos. No entanto é preciso olhar pela manutenção, em especial nestes trilhos interpretativos de ecossistemas, sendo eles muito recentes. A falta de marcação não se justifica!
Os companheiros de caminhada.
Com a serra do Alvão sempre à espreita.
Nas serras quase nuas, algumas bétulas.
E cada vez menos carvalhos...
a amparar o trabalho dos homens de outrora, que agora não se põem pedras em pé.
Caminho florestal a meia encosta.
Com as bétulas quase nuas.
O Vale do Corgo, Vila Pouca de Aguiar e a maldita ponte a estragar a paisagem outrora bucólica.
Muas... a parecer uma "velhinha"