Desde os primórdios da Humanidade que 'calcorrear o mundo' é uma actividade não apenas de prazer, mas também de necessidade. O Homem sobreviveu neste mundo à custa da deslocação, da busca de novos caminhos, da procura do desconhecido, sendo o descobridor, o 'pathfinder', o eterno migrante na busca de tudo o que lhe permitisse sobreviver, ou viver melhor.
Hoje, caminhar é também uma questão de necessidade, para além do prazer que isso realmente nos oferece. Cada caminho é uma descoberta, um prazer e uma necessidade. Algo que nos faz reencontrar com o 'eu' que por vezes nos esquecemos que existe, ou nem sequer sabemos que existe.
Os Caminhos de Santiago, em primeiro lugar são caminhos fáceis porque já marcados e trilhados, oferecendo-nos um sentido sempre coerente e certo, sem erros. E esta segurança é necessária neste mundo tão novo: A Modernidade.
Em segundo lugar, não sendo um homem religioso, há um não sei quê de espiritual, que se vai encontrando a cada passada. Talvez seja este o sentido ancestral que nos está fincado no ADN.
E há ainda o desafio das longas distâncias, para quem habitualmente está confinado apenas aos passinhos do dia a dia.
Por isso, mais um caminho, só em fotos, sem grandes palavras mas com muita sensação.
FERROL- NEDA:primeira etapa
Marco inicial do caminho
Caminante compañero
Barco em Ferrol
Início do percurso nas ruas antigas de Ferrol
Porto militar
Protesto dos pescadores no Porto de Ferrol
Igreja de Santa María de Caranza
A Ría n'A Gándara
A Faísca
Mosteiro de s. Martiño de Xubia
Moinho de marés em Outeiro
Neda
Albergue de Neda
Etapa sem grandes dificuldades, com muita paisagem misturada... de tanta confusão paisagística parecia Portugal. Mau: foi mesmo a zona industrial de a Gándara, onde até a Ría cheirava mal, embora a paisagem fosse deslumbrante, com nuvens a condizer. Vale a pena contornar as rias,devido à paisagem marinha neste troço.