Há um certo deslumbramento para quem, como eu, visita pela primeira vez a nossa maior ilha. Um deslumbramento que vem da luz das nuvens e do céu, ou a luz das águas das lagoas, ou dos reflexos antepassados da rugosidade do território... não sei! Deslumbrei-me com tanto verde e beleza, tanta beleza concentrada num só local.
Contemplação
Sonho de olhos abertos, caminhando
Não entre as formas já e as aparências,
Mas vendo a face imóvel das essências,
Entre idéias e espíritos pairando...
Que é o mundo ante mim? fumo ondeando,
Visões sem ser, fragmentos de existências...
Uma névoa de enganos e impotências
Sobre vácuo insondável rastejando...
E d'entre a névoa e a sombra universais
Só me chega um murmúrio, feito de ais...
É a queixa, o profundíssimo gemido
Das coisas, que procuram cegamente
Na sua noite e dolorosamente
Outra luz, outro fim só presentido...
Antero de Quental, in "Sonetos"
E apenas me contento com a contemplação, (algo que este açoreano muito terá feito naquelas falésias e vistas sobre azul imenso banhado em muito verde), que às vezes transporto para aqui, para poder partilhar com outros.
Hoje, estas fotos vão dedicadas aos amigos Priscilla e José... amigos que num grande esforço, nos visitaram.
Lagoa do Congro
O verde e a flor
Jurassic Park
Antes do verde
Half-west
Geografia às cores
the milky-way to the blue
Força insular
Silence
Hortenses
Excessos
She's the light
TBC
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