segunda-feira, 2 de novembro de 2015

AÇORES- S. Miguel




Há um certo deslumbramento para quem, como eu, visita pela primeira vez a nossa maior ilha. Um deslumbramento que vem da luz das nuvens e do céu, ou a luz das águas das lagoas, ou dos reflexos antepassados da rugosidade do território... não sei! Deslumbrei-me com tanto verde e beleza, tanta beleza concentrada num só local.


Contemplação


Sonho de olhos abertos, caminhando
Não entre as formas já e as aparências,
Mas vendo a face imóvel das essências,
Entre idéias e espíritos pairando...

Que é o mundo ante mim? fumo ondeando,
Visões sem ser, fragmentos de existências...
Uma névoa de enganos e impotências
Sobre vácuo insondável rastejando...

E d'entre a névoa e a sombra universais
Só me chega um murmúrio, feito de ais...
É a queixa, o profundíssimo gemido

Das coisas, que procuram cegamente
Na sua noite e dolorosamente
Outra luz, outro fim só presentido...

Antero de Quental, in "Sonetos"






E apenas me contento com a contemplação, (algo que este açoreano muito terá feito naquelas falésias e vistas sobre azul imenso banhado em muito verde), que às vezes transporto para aqui, para poder partilhar com outros.






Hoje, estas fotos vão dedicadas aos amigos Priscilla e José... amigos que num grande esforço, nos visitaram.


Lagoa do Congro 

O verde e a flor

Jurassic Park

Antes do verde

Half-west

Geografia às cores

the milky-way to the blue

Força insular

Silence

Hortenses

Excessos

She's the light

TBC


Sem comentários:

Enviar um comentário